·
Programa Fala Vascaíno: Por que escolher como tema central do
seu livro a vida e a história de Pai Santana?
·
Eu comecei a frequentar jogos do Vasco muito cedo. Meu pai me
levava ao estádio desde que eu tinha sete ou oito anos. Já nessa época, lá pelo
fim dos anos 70, a figura do Pai Santana me impressionava. Mais tarde, quando
comecei a andar sozinho pela cidade, a reconhecê-la e me reconhecer nela,
entendi que o massagista que imantava a torcida no estádio é também um
personagem referência desta mesma cidade. Ele sintetiza vários de seus melhores
aspectos: o futebol, o carnaval, as religiosidades afro-brasileiras, os
subúrbios – ele morou no São Carlos/Estácio, no Morro São José de Madureira, em
Jacarepaguá, em Benfica – e as artes e estratégias de sobrevivência e afirmação
de negros e pobres no país. E porque ele é um ídolo vascaíno, representativo
dos melhores legados do Vasco para o esporte e a cultura no Brasil. Durante a
pesquisa, vi que nos anos 70 ele era o centro das atenções da colônia de férias
do Vasco, que era concorridíssima, e organizou um concurso de slogans sobre o
Vasco que mobilizou gente, especialmente crianças e jovens, do Brasil inteiro.
Eu não tenho dúvidas de que ele deu uma contribuição importante para a
consolidação do Vasco como uma paixão nacional.
fonte supervasco
fonte supervasco
Nenhum comentário:
Postar um comentário